Sintomas depressivos, qualidade de vida e apetite de pacientes com Insuficiência cardíaca hospitalizados

Introdução: O apetite prejudicado e os sintomas depressivos podem impactar na qualidade de vida (QV) e em outrosdesfechos de pacientes com insuficiência cardíaca (IC). A despeito deste contexto, no Brasil, existe uma carência deestudos que verifiquem a relação entre essas variáveis em pacientes com IC. O conhecimento dessa relação poderiacontribuir para a melhora da QV desses pacientes, orientando intervenções mais adequadas. Objetivo: Descreversintomas depressivos, QV e apetite de pacientes com IC hospitalizados. Materiais e métodos: Estudo descritivotransversal com pacientes com IC hospitalizados no Hospital São Paulo. Dados sociodemográficas e clínicos foramcoletados por meio de entrevista e consulta ao prontuário. Os sintomas depressivos foram mensurados por meio doInventário de Depressão de Beck II (BDI-II), indicando a partir da sua pontuação: 0-13 depressão mínima; 14-19depressão leve; 20-28 depressão moderada; 29-63 depressão grave. O apetite foi avaliado pelo Questionário NutricionalSimplificado de Apetite (QNSA), em que pontuações ?14 indicam risco de 5% de perda de peso nos últimos seis meses. AQV foi mensurada pelo Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ), com pontuações que variam de 0a 105 e, quanto menor a pontuação, melhor a QV. Os dados foram parcialmente analisados de forma descritiva.Resultados parciais: Em fevereiro de 2021, foram coletados dados de quatro pacientes, três homens e uma mulher, comidade variando entre 60 e 74 anos, classificação hemodinâmica perfis B a L. Escores BDI-II: 10 a 20; QNSA: 8 a 12;MLHFQ: 48 a 83. Projeto realizado com bolsa FAPESP, Processo 2020/02690-8. Conclusão: dois pacientes apresentaramdepressão mínima e dois depressão moderada; todos apresentaram perda de apetite, com risco de 5% de perda de pesonos últimos seis meses. Ao final da coleta de dados, as relações entre o escore do MLHFQ, o escore da QNSA e aclassificação do BDI serão verificadas por meio de regressão linear simples e múltipla, com controle para as covariáveissociodemográficas e clínicas, o que permitirá verificar as relações entre apetite prejudicado, sintomas depressivos e QV.